domingo, 24 de janeiro de 2010

Estereótipos científicos

A famosa revista “Nature” (nº 463, de 7 de Janeiro de 2010) publicou um curioso artigo intitulado “from geek to chic”. Todos conhecemos o estereótipo do cientista maluco, de cabelos desgrenhados, olhos encovados, pele de tom pálido - nos laboratórios não se fica bronzeado – e até roupas trocadas. Do cinema à literatura não são poucas as obras em que os cientistas têm algumas características similares a estas, quando não todas, a que se soma uma acentuada dificuldade de interagir com os próximos.
Contudo, e esse era o sentido do artigo da “Nature”, se alguns destes estereótipos devem ser abandonados, porque irreais, os cientistas não deixam de ser atletas de alta competição no seu género, com capacidades de conceptualização, análise e resolução de problemas que devem ser aproveitadas a todos os níveis na sociedade. A ciência deve, assim, quebrar o espartilho que a rodeia, e não só contribuir para o desenvolvimento, o que pela sua natureza já faz, como passar a não esquecer de o mostrar. No fundo, como diz o ditado, à mulher de César não basta ser séria, é preciso que o pareça também.

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